Estamos permanentemente inseridos no ambiente digital, fazendo a ideia do internauta como alguém que "entra" e "sai" da web perder o sentido. O terreno das mídias digitais está cada vez mais demarcado e explorado.
Assim, o conteúdo criado, os dados pessoais e de navegação e até mesmo a atenção dos usuários são transformados em moedas de troca — muitas vezes sem que eles saibam. É nesse contexto que a educação midiática ganha importância.
Educação midiática é a área que visa, de forma interdisciplinar e transversal, o desenvolvimento das capacidades do da tecnologia, da leitura analítica e reflexiva das mídias e da produção e disseminação consciente e responsável de conteúdo, seja no mundo digital ou físico. Ela engloba um aprendizado que vai além da alfabetização digital instrumental — onde o aluno aprende simplesmente a operar o recurso tecnológico, prevendo uma participação crítica e construtiva no ambiente digital que colabore para a integridade do ecossistema informacional.
A alfabetização audiovisual, por sua vez, é uma ferramenta para a aplicação da educação midiática através da leitura e da prática consciente e responsável da produção audiovisual, englobando, numa abordagem coletiva, desde a pesquisa sobre o tema e escrita do roteiro até a captação, edição e distribuição do material.
No Brasil, a Educação Midiática é definida pela SECOM (Secretaria de Comunicação Social) como "uma área interdisciplinar que inclui as competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) relativas ao uso de tecnologias" e instituída na base curricular obrigatória a partir da Resolução CNE/CEB N.2 de 21 de março de 2025.